quarta-feira, 27 de abril de 2011


Era mais uma noite de inverno, enquanto ele se enfiava no bar para rir alto com os amigos e fazer graça com algumas meninas, eu estava sentada num banco vazio qualquer. Enfiada nas histórias do meu livro preferido. Acho que ele esperava que eu reagisse de alguma forma, que colocasse a minha melhor roupa e saísse chamando a atenção de outros, ou dele mesmo, por aí. Mas não, não dessa vez. O amor foi uma estrela cadente que passou na minha vida, mas ele já se foi. E a noite escura volta a me assombrar. Eu não quero mais ver estrelas cadentes, nunca mais. Não quero me cegar com aquela luz. Afinal, quem precisa de luz, quando se está acostumada a viver no escuro?
Natália Fazenda

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